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sofá velho e etc.

por Sara, em 29.07.13

A voz inconfundível volta a preencher a minha sala de estar, como a fotografia da mãe e filha descobertas na multidão pelo amor que nutrem, incapazes de passar despercebidas. A rainha e a princesa. E a casa mantém-se a preto e branco, menos a sala, cheia de carrinhos pequenos do meu pai e três sofás. O que é conhecido sabe a casa. O sofá é o meu porto, o cais que abriga as minhas palavras, não se queixa pelo peso. Como o café para mim é casa. Trocaram os manípulos e acabaram por me trocar as voltas também. Não sei se seria eu caso não tivesse nascido naquelas paredes com cores já antiquadas, era impossível diria eu. Saímos pouco, passeamos pouco mas somos como os ciganos. A alma que cresceu lá e o corpo que sai pela porta da frente são mudados por todas as pessoas que por lá passam. Deixam a marca e abandonam como andorinhas que nunca se esquecem da sua casa por mais que voem. E eu quero ser uma andorinha fugitiva, mas com as raízes bem impregnadas. Árvore que dá fruto e sombra nas tardes de verão. Para os reformados. Para os clientes habituais, que já não é preciso perguntar o que desejam, se é com adoçante ou não, em pó ou pastilha. Para mim e para a minha mariposa, que acende as luzes do fundo.

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Parece que ultimamente tudo se conecta. Parece que tudo se encaixa perfeitamente. Parece que tudo se consume. Parece a meu ver.

Cheguei. Cheguei e tudo não passa de atracções que passam com a maré e voltam com os raios de sol.

Contradições que se encontram num ponto.

Esse ponto, sou eu. 

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Sair sem olhar para trás, tartarugas com a carapaça pesada, apanhar o comboio, esperar, esperar, esperar, apanhar outro comboio e estava feito. Pensava eu, doce engano: 2km e tal a andar a pé até ao parque de campismo. Fizemos a nossa rotina. E o que é certo é que os dias passaram-se num ápice. O tempo nem sempre foi bom companheiro, apanhámos chuva e vento mas também bom tempo, bem bom, experienciamos de tudo. E voltar às quase três horas de comboio. Houveram passageiros engraçados. Tive a minha trilha sonora nesta viagem que nunca estive à espera, é uma realidade completamente diferente. Gostei e quero repetir, mas com uma estadia mais longa, mas não como o funcionário de lá disse, um ano, se aguentávamos…  

 

 

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Em contacto com: natureza

por Liana, em 22.07.13
Já estamos a caminho, vamos apanhar o comboio dentro de poucos minutos. Cedo o blog vai ter novidades de parte a parte.
Um beijinho das futuras campistas com as mochilas às costas.

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apenas por um minuto

por Sara, em 19.07.13

...

para aqueles que ficam.

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a tempestade parece ter passado,

por Sara, em 18.07.13

mas e nós? o que fica de mim? de ti? 

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Palavras sábias de outrem

por Liana, em 18.07.13

“I guess when you’re young, you just believe there’ll be many people with whom you’ll connect with. Later in life, you realize it only happens a few times.” - Before Sunset


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Dear Avy,

Será que já me comecei a habituar à Ariana, acho que vejo claramente a diferença, agora. A Avery, uma das tuas facetas, era mais… como é que eu hei-de dizer? Talvez sonhadora, e lutadora principalmente. Tinha claro um polo que a atraia a desistir mas sempre tentou manter-se positiva e reclamar consigo mesmo para esperar mais um tempo, aguentar mais uma temporada. Agora não sei, pareces-me diferente. As palavras são amargas e duras. Não deixes que o lado mau da vida te faça largar a mão à Avy sonhadora. Estamos em tempos difíceis, mas te garanto, o que alcançares vai ter um sabor maduro, um fruto colhido a tempo e horas, não apenas uma coisa que se abana da árvore e cai por cair. Como a minha mãe me diz, a paciência é uma virtude, e leva-nos, por vezes, a algum lado. Não sejas tão drástica contigo mesma. Em certos pontos estou-me a rever em ti neste momento, mórbida sem saber que o era. Palavras que saíam rudes e sem qualquer importância com a consequência. Simplesmente voava por entre as cabeças que pensavam me conhecer. Mas sermos boas para nós mesmas é o melhor. Ninguém o pode fazer por nós. Claro, só isso não chega. Uma opinião sincera é que devias conhecer-te melhor. Sabes quem és sem olhar ao espelho?

Sê simples contigo, não esperes o impossível, nossa, eu era tão melodramática, fazia planos, três passos à frente, tão complicada, nada estava suficiente, fazia perguntas ridículas antes de sequer as coisas terem começado. Deixei-me disso, aos poucos claro, e agora estou bem. Aliviada, por não me tornar numa pessoa cansada.

Nunca é tarde para alcançares os teus sonhos, para o ano melhoras a média. Correu bem, talvez não me tenha esforçado desde o princípio.

Não te acomodes, luta pelas amizades. Mas as pessoas também são obtusas e traiçoeiras, é!! Há pessoas assim por todo o lado. Mas mesmo sozinha podes ser feliz.

Ah, música, minha paixão. Sabes que tenho um gosto ecléctico, mas ultimamente ou ando muito hippie ou melancólica, a ouvir música clássica ou tipo acústica. Mas estou completamente viciada em Haim, Ben Howard, Mallu Magalhães, Patrick Watson, John Mayer, Tegan and Sara, Robert Pattinson, Brandon and Leah, Damien Rice, Marcus Foster, She& Him, Angus and Julia Stone, Lykki Li, Nikki Reed and Paul McDonald, … Mas vou mandando-te algumas músicas para o blog, porque sei que estou a esquecer-me de muitas que possas gostar.

 A gémea agradece e retribui.

Tulipas para ti, Avy

Sara dos caracóis

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Eu não tenho meios-termos para tudo

por Liana, em 13.07.13

Hoje tenho que escrever. Hoje sei que o vento empurra a minha cortina sorrateiramente como uma criança que foge às repreensões de uma mãe. De que mais certezas eu tenho hoje? Que isto não era o princípio que eu queria dar ao meu texto, a este texto, mas há-de servir.

Tenho que me ajustar aos limites, aos meus e aos teus. Aos nossos. Não se trata tudo de limites? Não podemos isto, aquilo já se pode. Ali é melhor ter cuidado, acolá é perigoso. Será que as fronteiras servem para reprimir o desejo do outro lado ou para nos proteger do desconhecido, do que supostamente é o bicho papão? Tal como está no título, eu não tenho meios-termos, não consigo tê-los e não os quero! Como será gostar de uma coisa a meio-termo, a metade da velocidade, a metade de compreensão, a metade tudo? Pode-se admitir, aceitar, retribuir tal coisa? Que coisa. Que tal coisa não me aconteça- fim. 

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