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Sejamos frontais, realistas, corajosos neste curto espaço enquanto eu escrevo e tu lês. Combinado? Pois cada vez mais devemos confrontar as nossas ideias, rascunhos que encontramos, fazer uma limpeza à alma com direito a velas aromáticas e tudo. Comecemos por dentro pois é o que importa. E mais tarde tratamos daquilo que os outros vêem. Não é engraçado, a minha professora diz sempre do geral para o particular.
Sou uma pessoa melancólica a escrever para depois de fechar o word puder ser uma pessoa com um sorriso aberto e acolhedor. Deixo as minhas mágoas, frustrações aqui, tudo escrito, para depois arquivar, assim como as tristezas. Puxões e rasgões deixam borrões nos meus textos, como se fosse a marca da chávena de chá sobre eles.
Apenas sinto o relevo das pessoas, a superfície daquilo que elas mostram. Depois tudo se desarma e montes são enraizados, altos e escuros. Tapam a vista e não deixam passar o sol. Tudo se abafa e fica enevoado. Os céus choram as minhas e as tuas tristezas, aquelas que carregamos. Matilha de lobos, somos nós. Juntos defendemos e atacamos. Ameaçamos e damos cabo uns dos outros. Longe de casa e rodeados por árvores, cheios de fome matamos. O nosso caracter animalesco condena-nos e as sinapses correm mais depressa que o desejo. Matamos no sentido de ferir os nossos para alimentar o lobo acorrentado que todos nós temos.
É a minha vez de contar a minha história
Nunca quis ser como os outros. E a verdade é que às vezes nem de mim sei, perco-me. A ironia do texto. Amaldiçoou-me por não me manter fiel a mim mesmo, esta recém nascida que pensa demais e ainda pensa que pode tudo, que nunca ninguém a vai parar. O resto da história ainda não está escrita, olha, inventa-a tu.
Vou tentar construir-me também.
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